Eu tive o prazer e a honra de ouvir duas canções minhas cantadas pelo Emílio Santiago. Uma delas "Sapato na Janela". Que pena! Perdemos um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos. Cantava com voz de homem, docemente, afinadamente, swingadamente, sem os trejeitos steviewonders, armadilha do mundo moderno onde tem caído muitos de nossos jovens e talentosos cantores. O coral dos anjos deve estar dizendo: "Gente. Chegou um negāo brasileiro aí que é o solista que faltava pra gente. A voz dele é divina. Vai fazer dupla com a Elizeth". Vai na fé Emílio.
Uma jornalista comentou comigo outro dia que costuma ler minhas crônicas emocionadas no meu blog cada vez que um amigo meu parte para o andar de cima. Fiquei grilado com isso, afinal, não foi para lamentar a partida de meus amigos que eu criei um blog. Então neste dia resolvi que nunca mais escreveria quando um amigo meu morresse. Putz! Mas quem morreu foi o Guilherme e aí não dá pra não falar nada porque ele tem tudo haver com os outros que partiram antes – Paulinho Albuquerque, Luiz Carlos da Vila e Ovídio Brito. Meu orientador espiritual também me aconselhou a me desapegar dessa minha inconformação com morte. Acatei o conselho e dessa vez o tom não vai ser de inconformação. Será só tristeza, mas como o Guilherme era um cara de uma alegria confortadora, a alegria também estará presente neste meu lamento. Situar o Guilherme Reis no plano profissional é fácil. Ele foi o melhor técnico de mixagem que conheci e tive o prazer de trabalhar. Premiado, era um artista no que fazia, herdei...
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