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Mostrando postagens de janeiro 14, 2018

O povo brasileiro no banco dos réus da segunda instância.

Ontem foi uma terça feira muito interessante deste início de 2018, o ano que vai decidir o futuro do Brasil. Pela primeira vez fui convidado a participar de um encontro de artistas e intelectuais com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lá no tradicional Teatro Casa Grande. Achei engraçado eu nāo ter me atentado antes para o peso simbólico do nome daquela casa de espetáculos.   Afinal, da casa grande saiu toda a história da dominação da senzala, mas ao contrário da casa grande, o Teatro Casa Grande sempre foi o espaço das demandas da senzala. Contradição igual a do  restaurante chic em Sāo Paulo chamado Senzala, que pode ser visto como um espaço de   demandas da casa grande. Mas o dia ontem foi interessante porque na correria esqueci o celular em casa, pra completar, fui ao evento sozinho, e os poucos conhecidos que por lá encontrei sentaram em lugares diferentes. Entāo fiquei só, sem nenhum tipo de interferência, sem filmar, sem fotografar, sem selfs, sem conferir a

Os cães ladram e “Caravanas” passa.

Assistir a mais um lançamento de Chico Buarque, como sempre, é viver um vendaval de paixões, de emoções, reflexões, indignações e boas   lembranças. Nos primeiros acordes e canções bate logo aquela sensação mista de prazer e surpresa. Caraca! A música brasileira de consumo era assim a anos atrás!. Foi com essas harmonias, com essa poesia, com essa riqueza melódica que eu construí em mim a emoção pela música, porque a música de Chico é soma e fruto de tantas outras que vieram antes dele e que também moldaram meu gosto, meu prazer auditivo. Normal que seja assim. Mas eu ouvi o disco novo muitas vezes antes do show, e assim como no anterior, algumas faixas me soaram muito simbólicas, como se estivessem sublinhando a história do Brasil contemporâneo. Chico está presente em todas as fases da história politica do Brasil desde o inicio de sua carreira. Coerência. “Paratodos”, “Sinhá” e agora “Caravanas”. Chico toca mais uma vez no ponto que eu acho central, chave, de nossa questã