Hoje, numa atitude totalmente “machista”, não irei comemorar o Dia Internacional da Mulher, mas sim o Dia Internacional da Minha Mulher, com todas as contradições, direitos e preconceitos que a expressão “minha” possa ter. Como disse Toninho Geraes de forma tāo original na voz do Martinho da Vila, “já tive mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores”, mas o meu último e definitivo casamento realmente me faz muito feliz. Felicidade é uma palavra altamente comprometida no Brasil e no mundo de hoje, mas com o olhar certo e uma pequena dose de alienação, a gente consegue enxergá-la, plena, vibrante, reluzente, como pepita de ouro quando aparece brilhando no balaio do garimpeiro. Minha pepita mulher, Renata Ahrends, foi escolhida pelos Orixás para que ela me escolhesse como namorado. A mulher é sempre quem escolhe. De namorado, viramos marido e mulher, viramos amigos, viramos cúmplices, e como escrevi no samba, “hoje somos dois e quase sempre somos um”. A...
Crônicas de Cláudio Jorge