Eu tive o prazer e a honra de ouvir duas canções minhas cantadas pelo Emílio Santiago. Uma delas "Sapato na Janela". Que pena! Perdemos um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos. Cantava com voz de homem, docemente, afinadamente, swingadamente, sem os trejeitos steviewonders, armadilha do mundo moderno onde tem caído muitos de nossos jovens e talentosos cantores. O coral dos anjos deve estar dizendo: "Gente. Chegou um negāo brasileiro aí que é o solista que faltava pra gente. A voz dele é divina. Vai fazer dupla com a Elizeth". Vai na fé Emílio.
Enfim, faço sessenta anos neste 3 de outubro de 2009. Não são aqueles anos intermediários entre a juventude e o início do fim, tipo quarenta ou cinquenta. São sessenta anos, meus camaradas. Ao contrário do que eu mesmo poderia imaginar, não vou lançar CD comemorativo, não vou fazer show comemorativo de idade e não sei quantos de carreira, nem vou fazer nenhuma roda de samba. Também não vou receber os amigos no Bar Getúlio, como pensei em algum momento. Minha comemoração dos sessenta vai ser em família, fora do Rio, na calma. Vai ser desse jeito porque ao longo destes anos todos desenvolvi uma arte que aprendi com meu pai que foi a de fazer amizades e comemorá-las, frequentemente. Entre tantas que cultivei em todo esse tempo, além de minha mãe, duas não estão mais por aqui – Paulinho Albuquerque e Luiz Carlos da Vila. Um festão de sessenta anos sem eles, é choro meu na certa. Além disso, eu teria que estar com uma grana que anda meio fugida de mim, para não deixar amigo nenhum sem ser c...
Comentários
jamahiriya.libya@bol.com.br