Essa semana tive o
prazer de assistir ao show de três amigos que provocou em mim muitas emoções,
das boas.
Foi lá no Centro da
Música Carioca, espaço pelo qual a classe artística carioca tem muita afeição e
eu uma afeição particular.
Foi num daqueles dias com
jeitão de dia normal, um temporal pra cair a qualquer momento, mas onde tudo
foi acontecendo maravilhosamente bem.
Primeiro encontrei o
Augusto Martins na Praça Afonso Pena para dar aquela proseada, molhar as
palavras e palavrões por tudo que estamos vivendo no Rio e degustar aquele
frango a passarinho, nosso número preferido pelos bares da cidade. Estamos
fazendo uma pesquisa pra saber qual o melhor do Rio.
A meta do encontro era
ir assistir ao show do violonista e guitarrista Zé Carlos Santos em homenagem a Noel Rosa e Martinho da Vila.
O show foi lindo. Um
show de música, onde Zé Carlos se dedicou a escrever todos os arranjos, nota
por nota, com direito a cachos de uvas pelo caminho ( acordes escritos por
notas e nāo por cifras) onde ele, o violonista Zepa e o contrabaixista Jorge Oscar se saíram muito
bem.
Show de músico
profissional onde se destacavam no cenário as estantes de partituras, as
músicas dos compositores da Vila Isabel, os arranjos e sua execução, mas onde
Zé Carlos desengomou também um papo bem simpático, na medida.
A música vinda do palco
me fez viajar no tempo ao início de minha carreira, quando por diversas vezes fui
sub do Zé Carlos e do Helinho Capucci lá na TV Globo.
Viajei no tempo quando
por dois anos fui diretor do Centro da Música Carioca e me veio à mente a noite
de inauguração da Sala Paulo Moura, ideia do Humberto Araújo, na época meu
chefe na Prefeitura. Inesquecível.
A música carioca esteve
muito bem representada nessa noite do show do Zé Carlos. Como seria de lei,
saideira no Bar da Tia Maria. O bar está lá, Tia Maria não mais. O nome mudou
para Bar Três Marias. O pastel estava muito bom e cerveja bem gelada.
Viajei no tempo mais
uma vez e me lembrei de uma tarde/noite num daqueles encontros por ali. Roberto
Moura, Nei Lopes, Paulinho Pinheiro. Yamandú, Hélio Delmiro, Zé Paulo Becker,
Beth Carvalho, Aldir Blanc, Moacyr Luz e tantos outros, inclusive o meu amigo Hugo Sukman
que conheci neste dia.
Obrigado Zé Carlos.
Pela música, pela performance, pelo repertório, pelos seus parceiros de trio,
por você e por ter me proporcionado viajar no tempo dessas boas lembranças.
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