Não adianta chorar, o “Roquinrio” está lá dentro. Então como disse a ex-Ministra,
relaxa e goza.
É um festival de música internacional, nascido no Rio de Janeiro e
que faz parte do calendário, igual ao
carnaval. Eu mesmo nunca fui ao vivo, tenho vontade, mas acho tudo muito caro só
pela curiosidade.
Até aqui estou achando essa edição muito legal em termos musicais e gostando
do áudio que está chegando a TV. Ninguém me perguntou nada, mas eu fiz umas observações nessa primeira
semana que eu quero colocar aqui no face.
1 - Chutar cachorro morto é fácil. “Fora Temer” que contempla o ideário
momentâneo da Globo e joga pra plateia é mole. Aguardando o rock do “Fora
intolerância religiosa”, “Fora racismo”, “Fora homofobia”, “Fora machismo”, “Fora
fascismo”. O que não faltam são slogans para botar pra fora.
2 - “Salve o Samba”, Palco Sunset, tudo bem. Mas aguardando o Palco
Mundo com no máximo três grandes ícones
do samba. Escolham, aí. três palcos em um. Cada ícone com sua própria
banda. Cada hora um canta um samba, no final as três bandas juntas no maior
climão. Uma reverência do rock internacional aos donos da casa, de forma
majestosa, seria muito simpático e colocaria o samba no evento da forma como
ele merece, mesmo que numa única apresentação, vá lá, mas com a grandeza da
produção do rock e não num pacote de
artistas, com três canções pra cada um, com a mesma banda acompanhando todo
mundo.
3 - Tributo a João Donato, Palco Sunset, Sensacional. Entre altos e
baixos destaque para o maravilhoso João e para a atriz/cantora Emanuelle Araújo,
mandou muito bem.
4 - Rael e Elza Soares arrebentaram. Como diz o Rael, O hip hop é foda,
e ele também.
5 - Frejat, pra mim o rei do rock
nacional. Profissa. Belíssimo show impecável.
6 - Maria Rita divina cantando Ella Fitzerald. Com Paulinho Braga na
batera a lembrança de Elis foi inevitável. Lindo show.
7 - Alicia Keys ma-ra-vi-lho-sa surpresa, naturalmente eu não conhecia.
Americana que canta muito, sem exagerar nos maneirismos do Stevie Wonder, ao
contrário do que insistem alguns
cantores por aqui que nem americanos são. Homenagem a Amazônia com Pretinho da
Serrinha e a galera junto, particularmente saboroso. Discurso da índia
brasileira Sonia, contra a venda de uma parte da Amazonia, com “Fora Temer” ao
fundo, não teve preço.
A turma do Passinho completou a simpática e necessária iniciativa de
introduzir artistas brasileiros nos shows dos gringos.
Enfim, este ano estou gostando deste evento aqui no fundo do quintal da
minha casa.
Comentários