Pular para o conteúdo principal

CONVOCAÇĀO GERAL






Meus amigos, não se trata absolutamente de incentivo ao consumo do álcool, muito pelo contrário, o incentivo é a celebração da amizade através da música e é claro, tomando umas e outras, porque ninguém é de ferro para encarar os tempos bicudos que estamos vivendo. A maré tá braba, o bicho pegou, tá ruim, deu ruim, a casa caiu, embolou o meio de campo, virou zona, nāo tá mole, etc, etc, etc. 


Essas têm sido as expressões mais usadas ultimamente no nosso seguimento da música a partir de uns anos pra cá e piorou depois que o Brasil ficou de cabeça pra baixo e do lado do avesso. 

Por conta disso, e levando em conta a máxima do nosso trabalho – o show não pode parar – é que resolvemos criar a “CONFRARIA MINHA CACHAÇA MINHA VIDA” que tem como ponto de encontro o Restaurante Sobrenatural em Santa Tereza. 

Nossa confraria é dedicada a garantia do riso permanente, do prazer do convívio, do culto a amizade, da paz, do amor, do afeto, tudo isso curtindo um som informal, uma boa comidinha e uma bebidinha. 

Apesar dos pesares, “viver a vida” também é um projeto que não pode parar, e a música, o samba e a culinária nos ensinam isso a séculos. 
Nosso primeiro evento aconteceu no dia 12 de janeiro com o lançamento do CD do Paulinho da Aba e foi um sucesso. A cada mês faremos um encontro e o próximo evento será no dia 23 de fevereiro quando estaremos comemorando o aniversário da nossa confrade Sérvula Amado, dona do estabelecimento. Neste dia também será entoado o nosso primeiro grito de carnaval. 

Além dos confrades que animarão o samba, teremos também mais uma apresentação da nossa atração internacional fixa, o cantor Merlot Menezés, e seu vasto repertório de música brasileira cantada em vários idiomas. 
Nas horas vagas ele também é um excelente artista gráfico que assina como Mello Menezes, e nos presenteou com a logomarca da confraria. 

É isso. Cada um tem sua cachaça na vida, a nossa é a música brasileira e o culto das amizades. Claro que uma cervas também fazem parte do cerimonial. 

Para garantir a energia dona Sérvula apresentará o prato principal da confraria que é o ‘muzunguê”, caldo de peixe à moda angolana que levanta a maior moral depois de uns drinks. Aguardamos por você lá. 

Fundadores por ordem de chegada. 

Ari Bispo e Cláudio Jorge, Sérvula Amado, Márcio Vanderlei, Carlinhos 7 Cordas, Eduardo Neves, Marcelinho Moreira, Alessandro Cardozo e Paulinho da Aba, Mello Menezes. 

Comentários

CLARISSE GROVA disse…
Maravilha!!! Fala sério, que galera querida! Assim fica fácil de subir Santa Teresa, muito fácil. Até breve, queridos.

Postagens mais visitadas deste blog

E lá vamos nós mais uma vez. Dessa vez, Guilherme Reis.

Uma jornalista comentou comigo outro dia que costuma ler minhas crônicas emocionadas no meu blog cada vez que um amigo meu parte para o andar de cima. Fiquei grilado com isso, afinal, não foi para lamentar a partida de meus amigos que eu criei um blog. Então neste dia resolvi que nunca mais escreveria quando um amigo meu morresse. Putz! Mas quem morreu foi o Guilherme e aí não dá pra não falar nada porque ele tem tudo haver com os outros que partiram antes – Paulinho Albuquerque, Luiz Carlos da Vila e Ovídio Brito. Meu orientador espiritual também me aconselhou a me desapegar dessa minha inconformação com morte. Acatei o conselho e dessa vez o tom não vai ser de inconformação. Será só tristeza, mas como o Guilherme era um cara de uma alegria confortadora, a alegria também estará presente neste meu lamento. Situar o Guilherme Reis no plano profissional é fácil. Ele foi o melhor técnico de mixagem que conheci e tive o prazer de trabalhar. Premiado, era um artista no que fazia, herdei...

Tentando curar a ressaca do mundo

E é a vida que segue. Ano novo, vida nova, blog novo. A arrumação das gavetas vem vindo desde o final do ano que passou com mudanças na vida profissional e espiritual. A afetiva, graças a Deus, vai bem. A observação da vida e do mundo começa a mudar em mim também com os sessentinha chegando perto. O otimismo já não está tão em alta, mas não é aquele bode existencial que está ficando no lugar, mas sim um sentimento quase suicida de profunda indignação ao não me permitir ser enganado pelas mentiras que todo dia o mundo moderno está vendendo para os menos de quarenta, e ao que parece, eles estão gostando. Problema deles. A vida segue e o mundo muda, mas existem coisas que estão longe de mudar e em algum momento parece que vieram para nunca mais nos deixar, como a ressaca que eu estou agora. Pra ela um banho frio e suco de tomate, missoshiro ou Gatorade, para o ano que chega, um choque de realidade. Exemplos? * Estava vendo um programa estes dias, o SBT Repórter. Puxa vida! Há muito temp...

Matura idade.

Enfim, faço sessenta anos neste 3 de outubro de 2009. Não são aqueles anos intermediários entre a juventude e o início do fim, tipo quarenta ou cinquenta. São sessenta anos, meus camaradas. Ao contrário do que eu mesmo poderia imaginar, não vou lançar CD comemorativo, não vou fazer show comemorativo de idade e não sei quantos de carreira, nem vou fazer nenhuma roda de samba. Também não vou receber os amigos no Bar Getúlio, como pensei em algum momento. Minha comemoração dos sessenta vai ser em família, fora do Rio, na calma. Vai ser desse jeito porque ao longo destes anos todos desenvolvi uma arte que aprendi com meu pai que foi a de fazer amizades e comemorá-las, frequentemente. Entre tantas que cultivei em todo esse tempo, além de minha mãe, duas não estão mais por aqui – Paulinho Albuquerque e Luiz Carlos da Vila. Um festão de sessenta anos sem eles, é choro meu na certa. Além disso, eu teria que estar com uma grana que anda meio fugida de mim, para não deixar amigo nenhum sem ser c...