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Casa do Jongo

Eu tive o prazer de conhecer Darcy do Jongo. Eu tive a honra de atuar com ele em um show no CCBB. Me lembro de outro momento em que batemos um papo rápido lá na Praça Tiradentes, na época do lançamento do grupo Batacotô. Um papo sobre tambores, Jongo, aquelas coisas que ele conhecia como ninguém. Acompanhei a consolidação do Jongo da Serrinha como grupo de shows. Tia Maria, Lazyr e todos os outros queridos. Shows, DVDs, uma carreira linda e a inclusão no mercado de músicos profissionais de meninos saídos de lá. Pretinho da Serrinha, Jorge Quininho e Thiaguinho da Serrinha, são exemplos. Estive presente na inauguração da Casa do Jongo lá em cima na Serrinha, espaço da Prefeitura que não deu muito certo por problemas óbvios. Estou relatando tudo isso para fazer uma pergunta: a Prefeitura do Rio sabe com quem está falando? Infelizmente acho que sim. A prefeitura do Rio de Janeiro sabe muito bem quem é, quem somos, o Jongo da Serrinha. É impressionante como essa prefeitura...

Tāo Sertanejo, bem brasileiro.

E aí minha amiga Eveline Peixinho me convida para assistir a estreia do musical “Bem Sertanejo” estrelado pelo cantor Michel Teló. Hum!... Sertanejo? Michel Teló? Ai se eu te pego? Rolou aquele clima natural do carioca apaixonado por samba, black music, jazz, música cubana, forró, instrumental e tambores. Mas aí, papo vai papo vem, fiquei sabendo que o texto, roteiro e direção eram do Gustavo Gasparani, o mesmo que dirigiu “SamBRA”, espetáculo que gostei muito dedicado a contar a história do samba. Vendo a foto da divulgação identifiquei o Alan Rocha a quem eu já tinha assistido no SamBRA” e que, entre ótimas performances, se destacou com uma brilhante personificação de Martinho da Vila. Mediante estes itens pensei comigo, aí tem. Para minha surpresa, teve muito. Vivemos um tempo em que os rótulos adquiriram o poder de destruir culturas, criar preconceitos, estabelecer barreiras. Sabemos perfeitamente que o que conhecemos como música sertaneja no passado foi atropelado pel...

Vinte de novembro. Comemorar o quê?

Estátua de Zumbi dos Palmares, Praça da Sé, Salvador, Bahia “Em setembro, a  Oxfam  Brasil informou que o país ainda levaria sete décadas para equiparar o rendimento dos negros ao  dos brancos. Segundo o estudo, os dois grupos só devem se igualar em 2089 – mais de dois séculos depois da Lei Áurea.  Agora a projeção parece ter sido muito otimista. De acordo com a PNAD, a desigualdade voltou a crescer nos últimos 12 meses.” (Bernardo Mello Franco na Folha de São Paulo em 19/11/2017).  Lá se vão cento e poucos anos desde que se começou a pensar sobre a possibilidade de não haver mais mão-de-obra escrava no Brasil.  Fazem poucos meses que o assunto voltou à tona com as últimas propostas de relações de trabalho defendidas por latifundiários e empresas através seus representantes no poder legislativo.  Tenho uma clara e angustiante sensação de que, se não ...