Foto extraída do site http://facebook.com/tabernadahistoria
É impossível passar pelo dia 11 de setembro sem falar sobre o que aconteceu a dez anos atrás nos Estados Unidos. A televisão está naquela base do “aonde você estava em onze de setembro quando aconteceu o atentado as torres gêmeas em Nova York?"
É impossível passar pelo dia 11 de setembro sem falar sobre o que aconteceu a dez anos atrás nos Estados Unidos. A televisão está naquela base do “aonde você estava em onze de setembro quando aconteceu o atentado as torres gêmeas em Nova York?"
Eu estava em Cabo Verde integrando mais uma excursão de Martinho da Vila a África. Participávamos de um festival que acontecia na Ilha do Sal. Pela distância e dificuldade dos vôos estávamos lá há uma semana aguardando o dia da apresentação. Estávamos por ali, curtindo a praia, a comida, o sol africano, ensaiando para o show, conhecendo um pouco da ilha. Como o show só aconteceria dias depois, normalmente dormíamos tarde. Então era comum deitarmos já de madrugada e dar aquela olhadinha na televisão pra acabar de chamar o sono. Na maioria das vezes dormíamos com ela ligada, eu e meu parceiro, o tecladista Jorjão Barreto.
Neste dia onze de setembro acordamos com a TV aos berros e vimos a imagem de um edifício pegando fogo. Olhamos um pouco e ainda sonolento Jorjão troca de canal e aí veio a pergunta: Ué! Que filme é esse que tá passando em cadeia?
Aí aparece um avião explodindo em um outro prédio e veio o choque de que aquilo era ao vivo. Estava acontecendo nos Estados Unidos.
Minha sensação primeira foi de que finalmente os USA estavam sentindo na pele o significado de um ataque dentro de casa.
Na história da humanidade muitas vezes os Estados Unidos atacaram outros países, em nome da democracia.
Passado esse primeiro sentimento, veio o drama das perdas humanas neste atentado terrorista. Vieram as notícias da ação dos civis que provocaram a queda de um outro avião para impedir coisa pior, enfim, a tragédia foi total e irreparável. É claro que o show foi cancelado, embora estivéssemos fisicamente distantes do assunto, o abalo foi mundial.
Resolvi escrever sobre isso neste dia 11 de setembro de 2011 porque fiquei chocado com uma declaração da Condoleezza Rice, mulher forte do governo Bush na época, num especial da CNN passado no Canal N Notícias. Ela diz que ligou para os dirigentes russos para saber se tratava-se de um ataque da Rússia aos Estados Unidos e o Presidente russo disse que não e que estava a disposição para o que os Estados Unidos precisassem. Diz a Condoleezza que naquele momento ela percebeu que a guerra fria tinha acabado.
Realmente o ser humano não é nada fácil. Quanta coisa, quanto dinheiro, quantas missões secretas, quanta espionagem, quantas loucuras foram cometidas em nome da chamada guerra fria, que já não existia. Foi preciso o Bin Laden promover este ato terrorista para que estas nações chegassem a essa conclusão.
Espero que realmente a raça humana um dia atinja a maturidade e encontre meios menos dolorosos de ficar sabendo sobre a realidade dos fatos. Maturidade principalmente para entender que não existe ação sem reação, e isso vale para todas as ideologias políticas, religiões ou relações sociais. Enquanto essa realidade não chega, infelizmente, outros atentados desse tipo poderão acontecer. Rezemos para que isso nunca mais ocorra.
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