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O dia em que ganhei o Grammy de guitarra base

Já passou um pouquinho do acontecido, mas foi só eu ir pra cozinha preparar umas coxas de frango desossadas pra acontecer. Não sei de onde veio, mas senti um cheiro de conhaque e aí resolvi incluir na receita. Nenhum vinho ou cerveja por perto, o cheiro do conhaque me levou a uma singular dose de Whisky, do qual não sou muito fã, mas alguma coisa me dizia que eu precisava me conectar. A patroa coloca na TV o YouTube com um vídeo d o espetacular Richard Boná. Logo depois ela vê no face meu amigo Gabriel Groos no Gordo, homenageando Toots Thielmans. Aí caiu a ficha e uma segunda dose me fez lembrar do único e privilegiado encontro que tive com Toots. Foi num Free Jazz em São Paulo. Eu era guitarrista da banda do Sivuca e a noite era dos dois. Na passagem de som me surpreendi com o Toots comentando com Sivuca sobre a minha performance de guitarra base. Até aí tudo bem, nada demais. Mas a noite, na hora do show, foi muito bom e eu fico muito feliz me lembrando disso agora....

Plataformas digitais: Meu bem? Meu zen? Meu mal?

Meu bem Caríssimo leitor, quero aproveitar este momento olímpico carioca onde nós músicos, cantores, compositores e arranjadores estamos tendo que dar cambalhotas para sobreviver, para dividir com você uma reflexão inspirada na lição de superação de limites que têm acontecido bem aqui ao lado da minha casa, particularmente vindas de Rafaela da Cidade de Deus. Nas últimas semanas   decididamente, e finalmente, aderi as chamadas “plataformas digitais” para audição e compra de música. Nessa pegada estou promovendo um natal antecipado presenteando  minha coleçāo de   CDs para os amigos mais chegados e ainda apegados a essa mídia. Não sou saudosista, embora seja um cultuador das tradições, muito pelo contrário, meu precoce envolvimento com a informática por volta dos quinze anos (aprendi a usar a máquina de perfurar cartões IBM 029, a   programar na linguagem   em Assembler, alguma coisa do COBOL e operar computadores Burroughs – tudo peça de mu...
DE CASA NOVA Meus amigos este post é para avisar que estou de casa nova. Depois de alguns anos brincando com blog e redes sociais, senti a necessidade de reativar meu site. As facilidades oferecidas pelas novas tecnologias me animaram a tal e também o fato de sentir a necessidade de reunir em um único espaço as minhas várias andanças pelo mundo real e virtual. Meu novo site é voltado principalmente para as plataformas digitais, para este novo universo do hábito de ouvir e comprar música e que tenho achado bastante interessante, embora existam várias questões nessa área para serem observados e que serāo matéria para próximos posts. Recentemente sucumbi aos atrativos destas plataformas e me desapeguei do suporte CD, muito pouco tempo depois de ter me desapegado do suporte LP. Minha intenção é que meu próximo trabalho autoral já seja lançado exclusivamente nestas plataformas. Mas como nem tudo é perfeito, tais plataformas nāo informam nada sobre o que está sendo ouvido. Autor...

Gabriel Versiani

Meus amigos e amigas hoje é o dia do lançamento do disco do meu filho Gabriel Versiani produzido por mim. Chama-se "Ainda Sambo" e é uma produçāo independente que contou com as participações especiais de Joyce Moreno, Mart'nália e da Orquestra Criola do maestro Humberto Araújo.  Vai ser lá no Centro de Referência da Música Carioca, na Rua Conde de Bonfim, 824 na Tijuca, às 19 horas. Compareça, bata palma e compre o disco. Nos dias de hoje, mais do que nunca, a cultura está precisando destas ações. Ouça a faixa título: Ainda Sambo

DIA DA CRIAÇĀO

Em 1980, no finalzinho da ditadura, gravei meu primeiro disco pela gravadora EMI-ODEON. Uma das faixas você ouve aqui “Dia da Criaçāo”. Ela foi composta em pleno regime militar, no tempo da censura. Me lembro da emoção que tive em Recife quando do lançamento do disco por lá. Saindo para um mergulho de domingo numa Boa Viagem lotada, ouvi num táxi com a porta aberta parado na porta do hotel, o som da minha canção tocando no rádio em alto volume. Estávamos em tempos de “aber tura” e cinco anos depois assistiríamos o fim daqueles tristes tempos. Hoje, em 2016, vivendo os primeiros dias do governo interino de Temer, e sabendo de seus primeiros atos extinguindo os Ministérios da Cultura e o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos me lembro dessa canção que eu achava ser “datada”, e portanto, sem nenhum significado ou função quarenta anos depois. Ledo engano. Eis que minha inspiração de juventude ressurge das cinzas e traz junto a clareza de que os ideais da m...

Nota de esclarecimento 2

Algumas coisas que amigos do Facebook, oposicionistas aos governos Lula e Dilma, falam aqui me deixam realmente triste. Noto que as pessoas repetem jargões sem a menor reflexão sobre o que estão dizendo.  Por exemplo, a respeito do que o Lula falou sobre “Nós contra eles”. Precisa desenhar que ele se referiu a “nós” como sendo Lula, Dilma, e o PT e “eles” como sendo PSDB, Moro, e rede a Globo de televisão? Isso  dito  no momento em que ele foi sacaneado pelo Moro para o mundo, atingindo parcialmente seu objetivo que era a humilhação de uma prisão do Ex-Presidente, tipo um troféu feito a cabeça do Lampião ou do Tiradentes.  Deu errado para  os  “ eles ”, pros “nós”, deu certo porque fez com que uma enorme parcela da população que não tinha ainda dado as caras nas ruas passassem a fazê-lo, com festa, típico das manifestações em prol da democracia.  Em nenhum momento Lula disse “nós o povo a favor de Dilma contra o povo a favor o  ip...

VALEU TRAMBIQUE!!!

José Belmiro Lima, Mestre Trambique, faz parte de uma geração do bairro de   Vila Isabel que viu muita coisa boa acontecer, outras nem tanto. Morador das antigas do Morro dos Macacos tornou-se músico profissional como tantos que vieram daquelas bandas, e ao lado de seu parceiro Paulinho da Aba viveu muitas histórias que serviram para boas risadas de quem teve o privilégio de ouvi-las, contadas por ele ou pelo Paulinho. Eram amigos desde cedo e a grande diversão era um sacanear o outro. Quando as coisas apertavam, e isso aconteceu muitas vezes ao longo de suas vidas, sempre davam um jeito. Trambique montava uma barraca de frutas na diagonal oposta ao Varandāo, bar na Teodoro da Silva esquina com Mendes Tavares, e o Paulinho colocava lá as pipas que fazia para vender. Paulinho coloca uva na cerveja, pra dar pressão, segundo ele e o Trambique ficava reclamando dizendo a uva dele iria acabar. Falar do Trambique é lembrar que ele foi o fundador da Herdeiros da Vila Isabel, pr...